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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

verminoses em bovinos

verminose

                A disponibilidade de larvas infectantes nas pastagens está diretamente relacionada com os fatores climáticos de cada região. O período de maior incidência de larvas é diferente de uma região com clima tropical para uma região de clima temperado, onde as estações do ano são mais definidas, como aqui no sul.
Nos meses mais secos do ano, quando o ambiente é desfavorável , as larvas infectantes ocorrem em menor quantidade (estão inibidas) e no período mais chuvoso e de clima ameno o ciclo de vida dos parasitos é mais rápido e há o aumento da carga parasitária nas pastagens e de vermes adultos nos bovinos.          
     Existem alguns fatores que favorecem o desenvolvimento e a sobrevivência das larvas nas pastagens: 
- do ambiente: umidade, chuva, tempo nublado e fresco.
-  dos pastos: escassos, curtos, muito pastoreado (alta carga parasitária), pobres e aguacentos.
-  do solo: compactos, mal drenados e baixos.
-  dos animais: os jovens são mais susceptíveis e os animais debilitados por stress, doenças ou por má nutrição. 
Considerando o nosso tipo de clima, verificamos no gráfico abaixo a disponibilidade das larvas infectantes no pasto de acordo com a época do ano. 
 O gráfico mostra que é no período do outono e da primavera que os bovinos ficam mais susceptíveis as infestações, pois as larvas ficam mais viáveis  nas pastagens. Esse momento também é ideal para que as larvas que estão inibidas no interior da mucosa do tubo  digestivo dos animais saiam para o lúmen para se desenvolverem até a fase adulta.. Essa migração pode ser gradual, causando leve irritação, ou muito rápida causando severos sintomas principalmente em animais jovens.
Com isso devemos ter em mente que os animais não devem chegar neste período com uma carga parasitária elevada  para que o quadro de verminose não se agrave mais.
Observando esses padrões poderemos implantar estratégias de controle de acordo com o clima da nossa região associado com a melhoria dos outros três fatores  acima citados (solo,pasto e animais). Se as aplicações estratégicas dos vermífugos forem  feitas na época apropriada e a qualidade das drogas antihelminticas utilizadas for boa , a eficiência desse sistema de controle irá se refletir em parte no próximo ano. Já o inverso acarretará em resultados ruins durante o ano corrente e conseqüências piores no próximo.
As infestações parasitárias podem aumentar ano pós ano, aumentando os prejuízos da produção. Assim é fundamental usar produtos de boa qualidade com assessoria técnica e no momento oportuno. 
A Ostertagia,  como foi dito anteriormente, um dos nematóides  mais comuns  que habita o abomaso dos bovinos causando severos sintomas com grandes perdas econômicas, apresenta um fenômeno genético estacional chamado Hipobiose. Não se conhece bem como ocorre, mas é a capacidade que o parasitos interno tem de inibir seu desenvolvimento frente uma época adversa que ocorre ano pós ano, freando temporariamente seu ciclo de vida por 3-5 meses.
                Diagnóstico clínico é feito pelo histórico dos sintomas tendo como referência a época em que estão ocorrendo e o estado fisiológico dos animais. O diagnóstico pode ser confirmado pelo exame de fezes com a contagem dos ovos (OPG) ou cultura dos parasitos.
Para se ter um tratamento efetivo é preciso controlar os helmintos nos animais e controlar o número de formas de vida livre na pastagem.
Controle no Pasto
                Precisa ser direcionado para controlar o estágio de vida livre dos parasitos internos dos bovinos.
 Pastagem “limpa” é o termo usado para designar pastagens com pouca ou nenhuma forma de vida livre. Como exemplo temos os campos não pastoreados por um longo período ou pastos usados para culturas de grãos.
Controle nos Animais
                O controle deve ser sobre todos os estágios do ciclo dos vermes que ocorram no interior do organismo animal. Os bovinos adultos tem mais resistência que os jovens, mas vermifugando os animais mais velhos mantemos a contaminação do pasto mais controlada. O controle estratégico é o mais recomendado e deve ser feito de acordo com as características de cada região.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

doença da vaca louca

O que é a doença da vaca louca?


 
A doença da vaca louca ou encefalopatia espongiforme bovina (EEB) é uma desordem cerebral fatal que ocorre no gado e é causada pelos prions. Na EEB, os prions causam morte das células cerebrais da vaca, formando buracos parecidos com esponja em seu cérebro. A vaca começa a agir de forma estranha e acaba morrendo. A relação entre a EEB e os seres humanos foi descoberta na Grã-Bretanha na década de 90 quando vários jovens morreram da doença, e uma semelhante à doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que normalmente atinge pessoas idosas. A nova variante foi chamada de doença de Creutzfeldt-Jakob com incubação reduzida, parecida com a EEB e suas relações com ela foram baseadas nas seguintes descobertas:
  • as vítimas da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob viveram em áreas onde surtos de EEB haviam ocorrido antes. Nenhuma vítima foi encontrada em áreas onde a EEB não havia ocorrido;
  • foram encontradas proteínas nos cérebros das vítimas da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, chamadas de prions e eram parecidas com as encontradas nos cérebros das vacas com EEB, mas diferentes das proteínas presentes nas vítimas da DCJ clássica;
  • o tempo entre o aparecimento da EEB e as mortes das vítimas foi similar ao tempo que a doença de Creutzfeldt-Jakob leva para se desenvolver;
  • o tecido cerebral das vacas infectadas por EEB fez com que animais experimentais desenvolvessem sintomas e distúrbios do tecido cerebral parecidos com o que ocorreu com as vítimas na nova variante da DCJ.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

papilomatose bovina


papilomatose bovina é conhecida também pelos nomes de verruga, figueira, verrucose, fibropapilomatose e epitelioma contagioso e caracteriza-se pela presença de lesões tumorais que acometem a pele, mucosas e certos órgãos. No caso dos bovinos, causa prejuízos por depreciar o couro do animal, assim como a queda na produção leiteira de vacas acometidas no úbere, tornando-os susceptíveis a infecções secundárias, resultando em mastite. Seu agente etiológico é um vírus e pertencente a família Papovaviridae, que possui uma fita deDNA dupla, sendo que os diferentes tipos de vírus da papilomatose bovina (VPB) resultam em lesões distintas:

VPB 1 : acomete o pênis, tetos e pele;

VPB 2: acomete a pele, rúmen e esôfago. Esta associado ao câncer de bexiga ;

VPB 3: acomete a pele;

VPB 4: acomete a mucosa do trato alimentar;

VPB 5: acomete tetos e úbere (semelhante à grão de arroz);

VPB 6: acomete tetos e úbere também.

Embora todas as faixas etárias possam ser atingidas, a mais acometida são animais até dois anos de idade. Animais confinados são mais susceptíveis aos surtos. Em bovinos leiteiros, há certa predileção do vírus pelo úbere e tetos. Já nas bezerras, os locais mais acometidos são pescoço, barbela, orelhas, chanfro, regiões peri-ocular e peti-labial.

A transmissão da forma cutânea se dá por meio de contato direto entre um animal infectado e um sadio ou por meio do contato indireto através de cercas, bebedouros, fômites e ectoparasitas.

Os papilomas, inicialmente, são tumores benignos que podem evoluir para tumores malignos, classificados como:

Escamosos: ocorre na pele ou qualquer parte do corpo, acometem principalmente a cabeça, em especial, na região ao redor dos olhos, pescoço, ombros, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

Mucosos: situam-se em mucosas e macroscopicamente apresentam-se como nódulos encapsulados e circunscritos.

Planos: geram o engrossamento da epiderme com forte queratinização das camadas superficiais, surgindo como leves nodulações arredondadas na superfície epitelial.

Pedunculares: sua ocorrência é comum nos tetos e úbere. Seu tratamento é complicado e as verrugas causam dor durante a ordenha. Sua coloração varia de branco acinzentado ao preto e cinza.

Existem diversos tipos de tratamentos, dentre eles está o cirúrgico, através da retirada de algumas verrugas para estimular o sistema imune humoral, levando à queda das outras alterações de mesma natureza. Outra opção é a vacina autógena, sendo que esta possui caráter curativo e o tratamento preventivo com este produto deve ser evitado. No procedimento de autohemoterapia, retira-se 10 mL de sangue venoso aplicando-o imediatamente por via intramuscular, resultando em um estímulo imunológico inespecífico que pode causar a queda das verrugas. Existe também um produto químico, na forma de pasta, que mata o vírus, fazendo com que as verrugas sequem.

prevenção e o controle desta afecção são realizados através de cuidados tomados durante a aquisição de novos animais, isolando-os do restante do rebanho, assim como a realização de medidas como: esterilização de materiais cirúrgicos, seringas, agulhas e controle ectoparasitas. Caso haja animais doentes, estes devem ser manejados por último.

Fontes:
http://www.portaldbo.com.br/noticias/DetalheNoticia.aspx?notid=28661
http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=106
http://www.bichoonline.com.br/artigos/bb0025.htm
http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL67.pdf

 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

febre aftosa

 

Febre aftosa

 

O que é:

A febre aftosa é uma doença que atinge principalmente o gado, mas que pode atingir o ser humano se este consumir, por exemplo o leite ou a carne contaminada com o vírus, ou entrar em contato direto com as secreções do animal doente.

Diagnóstico da febre aftosa

O diagnóstico da febre aftosa em humanos é feito através da análise sanguínea pois os sinais clínicos da doença podem ser confundidos com outras doenças.

Sintomas da febre aftosa

Os sintomas de uma pessoa com febre aftosa são inflamações na boca, feridas na pele (boca e entre os dedos) e febre alta. Alguns casos podem tornar-se mais graves e atingindo também a garganta provocando dificuldades respiratórias.

Modo de transmissão da febre aftosa

A febre aftosa é transmitida através do contato direto com as secreções do animal infectado (leite, sêmen, catarro, espirro) ou ao ingerir leite não pasteurizado proveniente de animal doente. Raramente a febre aftosa é transmitida pela carne do animal infectado, e a doença não passa de pessoa para pessoa.

Tratamento para febre aftosa

O tratamento para a febre aftosa em humanos é feito com a toma de medicamentos analgésicos que diminuem as dores e a limpeza das feridas. Já no reino animal, a solução é o abate.