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terça-feira, 19 de março de 2013


Carbúnculo Sintomático


Carbúnculo sintomático é uma doença infecciosa endógena, conhecida também como "Manqueira", "Mal de Ano", "Peste de Ano", "Peste de Manqueira", "Quarto Inchado", que acomete principalmente animais jovens (de 6 meses a 2 anos de idade), geralmente bovinos e ovinos, mas também caprinos.
Pode acometer bovinos de até 3 anos de idade, não vacinados ou vacinados há muito tempo, transferidos de áreas onde a doença não ocorre para áreas contaminadas. Pode ocorrer, também, ocasionalmente em bezerros de 2-6 meses de idade. Tem como agente o Clostridium chauvoei presente no meio ambiente. Ele coloniza o intestino dos animais e espalha-se para o corpo através da circulação sanguínea, alojando-se na musculatura. A doença se desenvolve devido à ativação de esporos latentes na musculatura, associada a fatores como traumatismos musculares em geral.
São altas as taxas de acometimento de bovinos em todo o Brasil e com elevada mortalidade, sendo comum a sua ocorrência após as chuvas.
Como reconhecer
Doença que aparece rapidamente e mata, também sem demora, bovinos de até 2 anos de idade é sugestiva de carbúnculo sintomático, assim como a claudicação (manqueira) e a tumefação (inchaço) crepitante à palpação de grupos musculares, depressão, apatia e febre. O quadro clínico geralmente evolui para a morte do animal que pode acontecer em 1-2 dias.
Como tratar
Os bovinos afetados podem ser tratados com altas doses de penicilina, mas como a doença tem um curso agudo, a maioria morre apesar do tratamento.
Como evitar
Vacinar todos os bezerros de 4-6 meses de idade anualmente. Quando se vacina animais antes de 6 meses de idade, uma segunda dose deve ser realizada 30 dias após a primeira.
Todos os animais que morreram acometidos por essa enfermidade devem ser retirados dos pastos, cremados com óleo diesel e madeira e os restos mortais enterrados profundamente para evitar a contaminação dos pastos e disseminação da doença.
Produtos Vinculados: Monovacina, Poli-R, Poli-Star, Polivacina.

quarta-feira, 6 de março de 2013

botulismo


Botulismo


Botulismo é uma forma de intoxicação alimentar resultante da ingestão e absorção pela mucosa digestiva de potentes toxinas pré-formadas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo, no trato gastrintestinal dos animais e em alimentos contaminados e mal conservados.
onhecido também como “Mal das Palhadas” e “Mal da Vaca Caída”. O homem pode ser acometido pela doença ao ingerir alimentos em conserva, os enlatados ou embalados a vácuo, contaminados.
Como reconhecer
A duração da doença varia dependendo da quantidade de toxina ingerida, sendo que, nos casos mais severos, a morte ocorre em algumas horas após o início dos sintomas.
Na fase inicial, os animais apresentam graus variados de embaraço, incoordenação, perda de apetite e dificuldade de se movimentar. Tem início, então, um quadro de paralisia muscular flácida progressiva, que começa pelos membros posteriores e faz com que os animais prefiram ficar deitados (em decúbito esternal) e, quando forçados a andar, o fazem de maneira lenta e com dificuldade (andar cambaleante e lento). A respiração abdominal se torna acentuada e o vazio do flanco torna-se fundo. Não há febre. Os animais podem sucumbir repentinamente se estressados.
Não existe tratamento. Para os animais com intoxicação crônica recomenda-se o tratamento sintomático, que visa dar condições, quando possível, para que o animal resista ao quadro clínico apresentado.
Como evitar
Para evitar o botulismo, três medidas são inevitavelmente necessárias:
1. Vacinação dos animais. A vacina deve ser aplicada em todo o rebanho, em duas etapas, com um mês de intervalo entre as mesmas. Recomenda-se que a primeira dose da vacina seja feita um mês antes das águas e da entrada do animal no confinamento.
2. Mineralização do rebanho, pois a deficiência mineral é o principal responsável pelo hábito dos animais roerem ossos. A mistura mineral deve estar formulada para atender às necessidades da categoria animal para a qual será destinada, de acordo com as condições de solo e pastagens da propriedade. É importante também um correto esquema de distribuição, com cochos em quantidade suficiente (1 metro de cocho para 50 animais, no mínimo), de preferência cobertos ou em local de fácil acesso para os animais (próximos aos bebedouros, em áreas de descanso ou de maior pastejo).
3. Eliminação das fontes de intoxicação, dando aos cadáveres um destino adequado: cremá-los e o que sobrar enterrar em local onde os bovinos não tenham acesso (longe de córregos e rios). Fazer um correto armazenamento do feno, da silagem e da ração, a fim de evitar material em decomposição. Evitar o consumo de águas rasas e paradas aos animais. Fazer inspeção e limpeza de bebedouros constantemente.
Produto Vinculado: Botulina, Poli-Star.

terça-feira, 5 de março de 2013

acidose

palestra

Acidose

Acidose é uma doença metabólica aguda, causada pela ingestão súbita de dietas com excesso de carboidratos, como grãos (trigo, milho, aveia, sorgo) ou outros alimentos altamente fermentáveis (silagem em geral) em grandes quantidades.
É caracterizada por perda do apetite, depressão e morte. É também conhecida por "sobrecarga ruminal", "indigestão aguda", "impactação aguda do rúmen" ou "indigestão por carboidratos". 
Ocorre principalmente em criações de bovinos de corte e leite. A doença é essencialmente aguda, mas ocasionalmente pode ocorrer de forma crônica.
Como reconhecer
Os sintomas ocorrem em poucas horas (12 a 24 h) após a ingestão do alimento com quantidades tóxicas de carboidratos. Inicialmente o animal pára de se alimentar e apresenta sintomas de cólica (inquietação, chutes no ventre, mugidos etc.), passando para um quadro de inapetência e depressão, acompanhado de parada da ruminação e aumento da frequência respiratória, fezes pastosas com coloração amarelada ou acinzentada, diarreia e timpanismo. Nos casos mais severos, os animais apresentam apatia, prostração, mucosas pálidas, febre, respiração difícil, cegueira e incoordenação, que podem culminar na morte do animal após um a três dias, ou em sua recuperação, com lenta retomada da alimentação, quase sempre acompanhada de laminite.
Como tratar
As principais medidas a serem tomadas são: retirada do conteúdo ruminal e correção da desidratação e da acidose. O uso de laxativos alcalinos como bicarbonato ou carbonato de magnésio na dose de 200-450 g/animal é satisfatório apenas nos casos leves. Nos casos graves é necessário o uso de sonda para esvaziamento do conteúdo ruminal. O uso de óleos e anti-fermentativos poderão ser úteis para auxiliar a evacuação e para reduzir a absorção de ácidos e toxinas. Após o esvaziamento do rúmen, administrar 5-20 litros de conteúdo ruminal proveniente de animais sadios.
Como evitar
As medidas mais eficazes são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, com mudança lenta e gradual ao concentrado. Para iniciar a alimentação com grãos ou seus subprodutos, a quantidade diária não pode ultrapassar 0,3% do peso do animal por 2-4 dias. A partir daí, o aumento deve ser gradual chegando após 21 dias a 1%.
A adoção de produtos tamponantes na ração é válida para a prevenção do problema em animais confinados que recebem grandes quantidades de grãos. A substância tamponante mais comumente usada é o bicarbonato de sódio, usado na proporção de 1,0-2,0% do concentrado.
Produtos Vinculados: Rumefort