Seguidores

quarta-feira, 5 de junho de 2013

bicheira em bovinos


Bicheira
Bicheira é a designação usual e popular da doença que cientificamente recebe o nome de miíase cutânea. Esta enfermidade é caracterizada pela infecção da pele dos animais por uma grande quantidade de larvas da mosca chamada Cochliomyia hominivorax.
As fêmeas destas moscas depositam seus ovos sobre as feridas e, depois de aproximadamente um dia de incubação, surgem as larvas. Depois de maduras, as larvas caem no solo e passam por transformações até chegar à forma adulta e iniciar um novo ciclo.
As larvas da mosca da miíase invadem apenas tecidos vivos, ou seja, feridas expostas dos animais e também dos humanos, produzindo graves lesões. Essas lesões que são as miíases primárias são também chamadas de traumáticas, podendo aparecer ainda as secundárias, que são causadas por larvas que se alimentam de tecidos já necrosados.
As bicheiras são mais abundantes durante os meses mais quentes do ano, como os de verão, coincidentemente com os maiores períodos de chuvas. Nesse período uma alta população da mosca causadora das bicheiras encontra-se nos arredores das florestas, locais onde se concentram os bovinos e animais silvestres.
Os prejuízos à pecuária brasileira associados às miíases são estimados em US$ 150 milhões de dólares anuais. Estes prejuízos são decorrentes da diminuição da produtividade, gastos com tratamentos, danos ao couro e dependendo da localização e extensão das feridas parasitadas, até da morte dos animais.
Como reconhecer
Os sintomas são claros: caracterizam-se por uma ferida aberta com mau cheiro, com sangramentos e presença das larvas no local, ocorrendo necrose dos tecidos e, como consequência posterior, a possibilidade de retardamento do processo cicatricial.
Em lesões mais graves, o animal tem a sua vitalidade reduzida, podendo ocorrer a perda das funções dos tecidos lesionados. Nos ferimentos causados pelas bicheiras ocorrem invasões de microorganismos diversos, levando ao aparecimento de uma infecção purulenta, que piora o caso clínico do animal. Estas são as infecções secundárias causadas por bactérias.
As larvas da miíase são diferentes das larvas do berne: são bem menores e podem ser encontradas em grande número numa lesão, ao contrário dos bernes, que se instalam um a um.
As lesões em que as larvas se encontram não cicatrizam e, com isso, atrairão mais fêmeas adultas da mosca, que depositarão mais ovos, agravando progressivamente o quadro. Em função da rapidez da evolução da doença, bastam apenas poucos dias para que o animal apresente-se severamente afetado, muitas vezes de forma irreversível. Animais com extensas áreas do corpo tomadas pelas larvas emagrecem muito, ficam apáticos e com febre, podendo inclusive vir a morrer.
O diagnóstico é feito pela observação das larvas das moscas nos ferimentos abertos causados por amputação da cauda, castração, cortes com arame farpado, umbigo de animais recém-nascidos, áreas lesadas por picadas de carrapatos, ferimentos por plantas espinhosas, etc. Essas feridas apresentam um cheiro de podre, tecidos necrosados e sangramentos.
Como tratar
Para o tratamento curativo das miíases são utilizados produtos organofosforados na forma líquida, pó, pasta, "spray" ou produtos injetáveis à base de avermectinas.
A forma mais eficiente de se tratar uma bicheira é colocar o produto inseticida na lesão com posterior remoção das larvas mortas. Uma característica da mosca da bicheira é colocar os ovos de dentro para fora da lesão, ficando na forma de camadas (interna, média e superficial), por isso, deve-se fazer a retirada das larvas para que se possa atingir as camadas mais profundas, fazendo com que o medicamento funcione corretamente.
A utilização de antibióticos pode ser necessária para o tratamento de infecções secundárias.
Como evitar
Evita-se a enfermidade através do controle estratégico da mosca, ou seja, realizando dois tratamentos por ano. O primeiro no início da estação seca, com produtos à base de piretróides na forma de pulverização, imersão ou "pour on"; o segundo, no início da estação chuvosa, com produtos à base de organofosforados.
Para o controle efetivo da mosca da miíase, essas aplicações devem ser regionais, ou seja, realizadas por todos os proprietários da área a ser controlada. Produtos endectocidas (avermectinas) também previnem as bicheiras.
Outras medidas preventivas importantes dentro de uma propriedade são o manejo correto dos animais, das pastagens e das instalações. Ao encontrar um animal com bicheira, este deve ser tratado imediatamente, evitando que se crie uma condição favorável que atraia as moscas.
Medidas de como evitar ferimentos desnecessários devem ser tomadas e, se acontecer o ferimento, a sua assepsia tem que ser imediata. Fazer rodeio constante dos animais para uma inspeção de ocorrência de ferimentos. O umbigo dos bezerros recém-nascidos deve ser curado imediatamente após o nascimento. Não utilizar ferrão para o manejo dos animais. Fazer cercas de arame liso. Ter cuidado com marcação a ferro quente, fazendo-a nos locais corretos e evitando os dias de chuvas intensas.


Métodos eficientes para o combate desse parasita são: Absolut, Ranger, Ranger LA, Ranger 3,5% LA,  Lancer LA, Ectofós, Flytick, Matabicheira Azul, Controller CTO Pour-On, Unguento Vallée e Valléecid Spray.
Produtos Vinculados: Absolut, Flytick, Lancer, Matabicheira Azul, Ranger, Ranger LA, Ranger LA 3,5%Unguento Vallée, Valléecid Spray.

terça-feira, 19 de março de 2013


Carbúnculo Sintomático


Carbúnculo sintomático é uma doença infecciosa endógena, conhecida também como "Manqueira", "Mal de Ano", "Peste de Ano", "Peste de Manqueira", "Quarto Inchado", que acomete principalmente animais jovens (de 6 meses a 2 anos de idade), geralmente bovinos e ovinos, mas também caprinos.
Pode acometer bovinos de até 3 anos de idade, não vacinados ou vacinados há muito tempo, transferidos de áreas onde a doença não ocorre para áreas contaminadas. Pode ocorrer, também, ocasionalmente em bezerros de 2-6 meses de idade. Tem como agente o Clostridium chauvoei presente no meio ambiente. Ele coloniza o intestino dos animais e espalha-se para o corpo através da circulação sanguínea, alojando-se na musculatura. A doença se desenvolve devido à ativação de esporos latentes na musculatura, associada a fatores como traumatismos musculares em geral.
São altas as taxas de acometimento de bovinos em todo o Brasil e com elevada mortalidade, sendo comum a sua ocorrência após as chuvas.
Como reconhecer
Doença que aparece rapidamente e mata, também sem demora, bovinos de até 2 anos de idade é sugestiva de carbúnculo sintomático, assim como a claudicação (manqueira) e a tumefação (inchaço) crepitante à palpação de grupos musculares, depressão, apatia e febre. O quadro clínico geralmente evolui para a morte do animal que pode acontecer em 1-2 dias.
Como tratar
Os bovinos afetados podem ser tratados com altas doses de penicilina, mas como a doença tem um curso agudo, a maioria morre apesar do tratamento.
Como evitar
Vacinar todos os bezerros de 4-6 meses de idade anualmente. Quando se vacina animais antes de 6 meses de idade, uma segunda dose deve ser realizada 30 dias após a primeira.
Todos os animais que morreram acometidos por essa enfermidade devem ser retirados dos pastos, cremados com óleo diesel e madeira e os restos mortais enterrados profundamente para evitar a contaminação dos pastos e disseminação da doença.
Produtos Vinculados: Monovacina, Poli-R, Poli-Star, Polivacina.

quarta-feira, 6 de março de 2013

botulismo


Botulismo


Botulismo é uma forma de intoxicação alimentar resultante da ingestão e absorção pela mucosa digestiva de potentes toxinas pré-formadas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo, no trato gastrintestinal dos animais e em alimentos contaminados e mal conservados.
onhecido também como “Mal das Palhadas” e “Mal da Vaca Caída”. O homem pode ser acometido pela doença ao ingerir alimentos em conserva, os enlatados ou embalados a vácuo, contaminados.
Como reconhecer
A duração da doença varia dependendo da quantidade de toxina ingerida, sendo que, nos casos mais severos, a morte ocorre em algumas horas após o início dos sintomas.
Na fase inicial, os animais apresentam graus variados de embaraço, incoordenação, perda de apetite e dificuldade de se movimentar. Tem início, então, um quadro de paralisia muscular flácida progressiva, que começa pelos membros posteriores e faz com que os animais prefiram ficar deitados (em decúbito esternal) e, quando forçados a andar, o fazem de maneira lenta e com dificuldade (andar cambaleante e lento). A respiração abdominal se torna acentuada e o vazio do flanco torna-se fundo. Não há febre. Os animais podem sucumbir repentinamente se estressados.
Não existe tratamento. Para os animais com intoxicação crônica recomenda-se o tratamento sintomático, que visa dar condições, quando possível, para que o animal resista ao quadro clínico apresentado.
Como evitar
Para evitar o botulismo, três medidas são inevitavelmente necessárias:
1. Vacinação dos animais. A vacina deve ser aplicada em todo o rebanho, em duas etapas, com um mês de intervalo entre as mesmas. Recomenda-se que a primeira dose da vacina seja feita um mês antes das águas e da entrada do animal no confinamento.
2. Mineralização do rebanho, pois a deficiência mineral é o principal responsável pelo hábito dos animais roerem ossos. A mistura mineral deve estar formulada para atender às necessidades da categoria animal para a qual será destinada, de acordo com as condições de solo e pastagens da propriedade. É importante também um correto esquema de distribuição, com cochos em quantidade suficiente (1 metro de cocho para 50 animais, no mínimo), de preferência cobertos ou em local de fácil acesso para os animais (próximos aos bebedouros, em áreas de descanso ou de maior pastejo).
3. Eliminação das fontes de intoxicação, dando aos cadáveres um destino adequado: cremá-los e o que sobrar enterrar em local onde os bovinos não tenham acesso (longe de córregos e rios). Fazer um correto armazenamento do feno, da silagem e da ração, a fim de evitar material em decomposição. Evitar o consumo de águas rasas e paradas aos animais. Fazer inspeção e limpeza de bebedouros constantemente.
Produto Vinculado: Botulina, Poli-Star.

terça-feira, 5 de março de 2013

acidose

palestra

Acidose

Acidose é uma doença metabólica aguda, causada pela ingestão súbita de dietas com excesso de carboidratos, como grãos (trigo, milho, aveia, sorgo) ou outros alimentos altamente fermentáveis (silagem em geral) em grandes quantidades.
É caracterizada por perda do apetite, depressão e morte. É também conhecida por "sobrecarga ruminal", "indigestão aguda", "impactação aguda do rúmen" ou "indigestão por carboidratos". 
Ocorre principalmente em criações de bovinos de corte e leite. A doença é essencialmente aguda, mas ocasionalmente pode ocorrer de forma crônica.
Como reconhecer
Os sintomas ocorrem em poucas horas (12 a 24 h) após a ingestão do alimento com quantidades tóxicas de carboidratos. Inicialmente o animal pára de se alimentar e apresenta sintomas de cólica (inquietação, chutes no ventre, mugidos etc.), passando para um quadro de inapetência e depressão, acompanhado de parada da ruminação e aumento da frequência respiratória, fezes pastosas com coloração amarelada ou acinzentada, diarreia e timpanismo. Nos casos mais severos, os animais apresentam apatia, prostração, mucosas pálidas, febre, respiração difícil, cegueira e incoordenação, que podem culminar na morte do animal após um a três dias, ou em sua recuperação, com lenta retomada da alimentação, quase sempre acompanhada de laminite.
Como tratar
As principais medidas a serem tomadas são: retirada do conteúdo ruminal e correção da desidratação e da acidose. O uso de laxativos alcalinos como bicarbonato ou carbonato de magnésio na dose de 200-450 g/animal é satisfatório apenas nos casos leves. Nos casos graves é necessário o uso de sonda para esvaziamento do conteúdo ruminal. O uso de óleos e anti-fermentativos poderão ser úteis para auxiliar a evacuação e para reduzir a absorção de ácidos e toxinas. Após o esvaziamento do rúmen, administrar 5-20 litros de conteúdo ruminal proveniente de animais sadios.
Como evitar
As medidas mais eficazes são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, com mudança lenta e gradual ao concentrado. Para iniciar a alimentação com grãos ou seus subprodutos, a quantidade diária não pode ultrapassar 0,3% do peso do animal por 2-4 dias. A partir daí, o aumento deve ser gradual chegando após 21 dias a 1%.
A adoção de produtos tamponantes na ração é válida para a prevenção do problema em animais confinados que recebem grandes quantidades de grãos. A substância tamponante mais comumente usada é o bicarbonato de sódio, usado na proporção de 1,0-2,0% do concentrado.
Produtos Vinculados: Rumefort

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

verminoses em bovinos

verminose

                A disponibilidade de larvas infectantes nas pastagens está diretamente relacionada com os fatores climáticos de cada região. O período de maior incidência de larvas é diferente de uma região com clima tropical para uma região de clima temperado, onde as estações do ano são mais definidas, como aqui no sul.
Nos meses mais secos do ano, quando o ambiente é desfavorável , as larvas infectantes ocorrem em menor quantidade (estão inibidas) e no período mais chuvoso e de clima ameno o ciclo de vida dos parasitos é mais rápido e há o aumento da carga parasitária nas pastagens e de vermes adultos nos bovinos.          
     Existem alguns fatores que favorecem o desenvolvimento e a sobrevivência das larvas nas pastagens: 
- do ambiente: umidade, chuva, tempo nublado e fresco.
-  dos pastos: escassos, curtos, muito pastoreado (alta carga parasitária), pobres e aguacentos.
-  do solo: compactos, mal drenados e baixos.
-  dos animais: os jovens são mais susceptíveis e os animais debilitados por stress, doenças ou por má nutrição. 
Considerando o nosso tipo de clima, verificamos no gráfico abaixo a disponibilidade das larvas infectantes no pasto de acordo com a época do ano. 
 O gráfico mostra que é no período do outono e da primavera que os bovinos ficam mais susceptíveis as infestações, pois as larvas ficam mais viáveis  nas pastagens. Esse momento também é ideal para que as larvas que estão inibidas no interior da mucosa do tubo  digestivo dos animais saiam para o lúmen para se desenvolverem até a fase adulta.. Essa migração pode ser gradual, causando leve irritação, ou muito rápida causando severos sintomas principalmente em animais jovens.
Com isso devemos ter em mente que os animais não devem chegar neste período com uma carga parasitária elevada  para que o quadro de verminose não se agrave mais.
Observando esses padrões poderemos implantar estratégias de controle de acordo com o clima da nossa região associado com a melhoria dos outros três fatores  acima citados (solo,pasto e animais). Se as aplicações estratégicas dos vermífugos forem  feitas na época apropriada e a qualidade das drogas antihelminticas utilizadas for boa , a eficiência desse sistema de controle irá se refletir em parte no próximo ano. Já o inverso acarretará em resultados ruins durante o ano corrente e conseqüências piores no próximo.
As infestações parasitárias podem aumentar ano pós ano, aumentando os prejuízos da produção. Assim é fundamental usar produtos de boa qualidade com assessoria técnica e no momento oportuno. 
A Ostertagia,  como foi dito anteriormente, um dos nematóides  mais comuns  que habita o abomaso dos bovinos causando severos sintomas com grandes perdas econômicas, apresenta um fenômeno genético estacional chamado Hipobiose. Não se conhece bem como ocorre, mas é a capacidade que o parasitos interno tem de inibir seu desenvolvimento frente uma época adversa que ocorre ano pós ano, freando temporariamente seu ciclo de vida por 3-5 meses.
                Diagnóstico clínico é feito pelo histórico dos sintomas tendo como referência a época em que estão ocorrendo e o estado fisiológico dos animais. O diagnóstico pode ser confirmado pelo exame de fezes com a contagem dos ovos (OPG) ou cultura dos parasitos.
Para se ter um tratamento efetivo é preciso controlar os helmintos nos animais e controlar o número de formas de vida livre na pastagem.
Controle no Pasto
                Precisa ser direcionado para controlar o estágio de vida livre dos parasitos internos dos bovinos.
 Pastagem “limpa” é o termo usado para designar pastagens com pouca ou nenhuma forma de vida livre. Como exemplo temos os campos não pastoreados por um longo período ou pastos usados para culturas de grãos.
Controle nos Animais
                O controle deve ser sobre todos os estágios do ciclo dos vermes que ocorram no interior do organismo animal. Os bovinos adultos tem mais resistência que os jovens, mas vermifugando os animais mais velhos mantemos a contaminação do pasto mais controlada. O controle estratégico é o mais recomendado e deve ser feito de acordo com as características de cada região.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

doença da vaca louca

O que é a doença da vaca louca?


 
A doença da vaca louca ou encefalopatia espongiforme bovina (EEB) é uma desordem cerebral fatal que ocorre no gado e é causada pelos prions. Na EEB, os prions causam morte das células cerebrais da vaca, formando buracos parecidos com esponja em seu cérebro. A vaca começa a agir de forma estranha e acaba morrendo. A relação entre a EEB e os seres humanos foi descoberta na Grã-Bretanha na década de 90 quando vários jovens morreram da doença, e uma semelhante à doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que normalmente atinge pessoas idosas. A nova variante foi chamada de doença de Creutzfeldt-Jakob com incubação reduzida, parecida com a EEB e suas relações com ela foram baseadas nas seguintes descobertas:
  • as vítimas da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob viveram em áreas onde surtos de EEB haviam ocorrido antes. Nenhuma vítima foi encontrada em áreas onde a EEB não havia ocorrido;
  • foram encontradas proteínas nos cérebros das vítimas da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, chamadas de prions e eram parecidas com as encontradas nos cérebros das vacas com EEB, mas diferentes das proteínas presentes nas vítimas da DCJ clássica;
  • o tempo entre o aparecimento da EEB e as mortes das vítimas foi similar ao tempo que a doença de Creutzfeldt-Jakob leva para se desenvolver;
  • o tecido cerebral das vacas infectadas por EEB fez com que animais experimentais desenvolvessem sintomas e distúrbios do tecido cerebral parecidos com o que ocorreu com as vítimas na nova variante da DCJ.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

papilomatose bovina


papilomatose bovina é conhecida também pelos nomes de verruga, figueira, verrucose, fibropapilomatose e epitelioma contagioso e caracteriza-se pela presença de lesões tumorais que acometem a pele, mucosas e certos órgãos. No caso dos bovinos, causa prejuízos por depreciar o couro do animal, assim como a queda na produção leiteira de vacas acometidas no úbere, tornando-os susceptíveis a infecções secundárias, resultando em mastite. Seu agente etiológico é um vírus e pertencente a família Papovaviridae, que possui uma fita deDNA dupla, sendo que os diferentes tipos de vírus da papilomatose bovina (VPB) resultam em lesões distintas:

VPB 1 : acomete o pênis, tetos e pele;

VPB 2: acomete a pele, rúmen e esôfago. Esta associado ao câncer de bexiga ;

VPB 3: acomete a pele;

VPB 4: acomete a mucosa do trato alimentar;

VPB 5: acomete tetos e úbere (semelhante à grão de arroz);

VPB 6: acomete tetos e úbere também.

Embora todas as faixas etárias possam ser atingidas, a mais acometida são animais até dois anos de idade. Animais confinados são mais susceptíveis aos surtos. Em bovinos leiteiros, há certa predileção do vírus pelo úbere e tetos. Já nas bezerras, os locais mais acometidos são pescoço, barbela, orelhas, chanfro, regiões peri-ocular e peti-labial.

A transmissão da forma cutânea se dá por meio de contato direto entre um animal infectado e um sadio ou por meio do contato indireto através de cercas, bebedouros, fômites e ectoparasitas.

Os papilomas, inicialmente, são tumores benignos que podem evoluir para tumores malignos, classificados como:

Escamosos: ocorre na pele ou qualquer parte do corpo, acometem principalmente a cabeça, em especial, na região ao redor dos olhos, pescoço, ombros, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

Mucosos: situam-se em mucosas e macroscopicamente apresentam-se como nódulos encapsulados e circunscritos.

Planos: geram o engrossamento da epiderme com forte queratinização das camadas superficiais, surgindo como leves nodulações arredondadas na superfície epitelial.

Pedunculares: sua ocorrência é comum nos tetos e úbere. Seu tratamento é complicado e as verrugas causam dor durante a ordenha. Sua coloração varia de branco acinzentado ao preto e cinza.

Existem diversos tipos de tratamentos, dentre eles está o cirúrgico, através da retirada de algumas verrugas para estimular o sistema imune humoral, levando à queda das outras alterações de mesma natureza. Outra opção é a vacina autógena, sendo que esta possui caráter curativo e o tratamento preventivo com este produto deve ser evitado. No procedimento de autohemoterapia, retira-se 10 mL de sangue venoso aplicando-o imediatamente por via intramuscular, resultando em um estímulo imunológico inespecífico que pode causar a queda das verrugas. Existe também um produto químico, na forma de pasta, que mata o vírus, fazendo com que as verrugas sequem.

prevenção e o controle desta afecção são realizados através de cuidados tomados durante a aquisição de novos animais, isolando-os do restante do rebanho, assim como a realização de medidas como: esterilização de materiais cirúrgicos, seringas, agulhas e controle ectoparasitas. Caso haja animais doentes, estes devem ser manejados por último.

Fontes:
http://www.portaldbo.com.br/noticias/DetalheNoticia.aspx?notid=28661
http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=106
http://www.bichoonline.com.br/artigos/bb0025.htm
http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL67.pdf